A Venezuela Entrou na Maior Crise da Sua História?
Em 1976, o salário de um dia alugava um táxi em Caracas a noite inteira. Hoje, o salário mínimo não paga nem meio quilo de arroz. Como um dos países mais ricos das Américas viu 7,7 milhões de pessoas fugirem? A raiz do problema vai muito além dos gritos de fora Maduro.
A semente do problema
Nos anos 70, a Venezuela vivia do petróleo. Com tanto dinheiro entrando, importar se tornou mais barato que produzir, e a indústria local foi abandonada. É a chamada doença holandesa. Quando o preço do barril despencou nos anos 80, só restou um rombo nas contas. A revolta popular de 1989, o Caracazo, deixou centenas de mortos e abriu caminho para um salvador da pátria.
A era Chávez
Hugo Chávez chegou com a promessa de usar o dinheiro do petróleo para o povo. Com a alta dos preços nos anos 2000, ele nacionalizou empresas, congelou preços e financiou programas sociais. Funcionou, mas só enquanto o barril valia 100 dólares. Nesse período, a indústria do país encolheu 60%. A economia se apoiava apenas no petróleo.
A tempestade perfeita
Em 2013, Chávez morre. No ano seguinte, o preço do petróleo desaba. Nicolás Maduro herda um país quebrado e sem indústria. Sua solução? Imprimir dinheiro sem parar. O resultado: uma hiperinflação de mais de 1.300.000% em 2018. Em quatro anos, a economia encolheu 80%. Os supermercados ficaram vazios e o salário mínimo caiu para menos de 5 dólares.
As pessoas pagaram a conta
Hoje, a maioria dos venezuelanos vive em pobreza extrema. Milhões passam fome. Por isso, 7,7 milhões já deixaram o país. Muitos arriscam a vida em travessias perigosas a pé. Quem fica, enfrenta violência e repressão. A ajuda humanitária até chega, mas frequentemente é bloqueada por disputas políticas.
Se o caso venezuelano serve de alerta, qual é a principal lição para você: a dependência de um só produto, a ideia de imprimir dinheiro para resolver crises, ou o abandono da democracia? Deixe nos comentários o que outros países deveriam aprender com essa história.
A Venezuela não quebrou da noite para o dia. Quebrou quando decidiu que só petróleo bastava. Quebrou quando acreditou que imprimir dinheiro gera riqueza. E quebrou quando a repressão substituiu o debate. A conta final não foi paga em barris de petróleo, mas em vidas humanas.