A volta da doença do óleo em São Félix do Xingu
Durante quatro anos, São Félix do Xingu viveu um período de alívio e avanços na infraestrutura das estradas. No governo de João Cléber, a população foi testemunha de uma gestão que percorreu todos os cantos do município e, com apoio do Governo do Estado, trouxe máquinas e garantiu serviços de qualidade sem impor peso extra sobre o bolso do cidadão.
Naqueles anos, uma prática havia sido extinta: a chamada doença do óleo. O termo, criado pelos próprios moradores.
Isso se referia à obrigação de pagar o diesel das máquinas para que a prefeitura realizasse a recuperação das estradas. Durante o mandato de João Cléber, essa realidade ficou para trás. A prefeitura assumiu sua responsabilidade, estradas foram abertas, recuperadas e a população pôde respirar aliviada.
Mas o que parecia ser uma vitória definitiva contra essa doença não resistiu ao tempo. Com a chegada de Fabrício Batista ao comando da prefeitura, o problema retornou com força. Hoje, novamente, estradas só são recuperadas se a própria população arcar com o custo do diesel.
O que mais revolta os moradores é que o município não está desprovido de equipamentos. Durante o governo de João Cléber, máquinas foram conquistadas junto ao Estado e foram entregues para atual gestão todas em funcionamento. No entanto, essas máquinas permanecem paradas nos pátios da prefeitura, sem uso.
Ao invés de utilizar o que já estava disponível, Fabrício Batista optou por outro caminho: alugar novas máquinas, sem necessidade, em contratos que ultrapassam os 30 mil reais cada. A suspeita é de que esses aluguéis foram feitos para beneficiar aliados políticos do atual gestor.
Enquanto isso, as máquinas conquistadas pela gestão anterior seguem encostadas.
Outro ponto que causa indignação é a diferença entre a propaganda oficial e a vida real da população. Nas redes sociais, Fabrício Batista apresenta vídeos mostrando uma imagem de gestão organizada, moderna e em pleno funcionamento. Mas, ao sair da tela do celular e percorrer as estradas do interior, a cena é outra: buracos, atoleiros e muito sofrimento e se moradores quiserem melhorar essa situação terá que está pagando do próprio bolso para conseguir!
A chamada doença do óleo, que havia sido curada no governo de João Cléber, está de volta em São Félix do Xingu. O retorno dessa prática escancara uma gestão marcada pelo descaso, pela ineficiência e por contratos que levantam suspeitas de favorecimento político. Enquanto isso, a população - que deveria ser a prioridade - sofre as consequências de um retrocesso que parecia estar enterrado no passado.